Na União Europeia há 120 milhões de pessoas em exclusão social.
Portugal estava em 2011 entre os países em que o risco de pobreza e exclusão social nas crianças e nos idosos suplantava a média da União Europeia (UE), revela um relatório divulgado nesta terça-feira pelo Eurostat.
O relatório do gabinete de estatísticas da UE indica que 28,6% das crianças portuguesas estavam nesse ano em risco de pobreza e exclusão social, contra uma média de 27% na União. Quanto aos idosos, encontravam-se nesta situação 24,5% dos portugueses com 65 ou mais anos, bastante acima da média de 20,5% dos 27 Estados-membros da UE.
Na população em geral, os resultados mostram também que entre 2010 e 2011 baixou ligeiramente – de 25,3% para 24,4% – o número de portugueses em risco de pobreza e exclusão social, um dado que se deve apenas ao facto de nesse período ter baixado também o rendimento mediano do país que serve de base ao cálculo das taxas.
Outros países como a Irlanda ou a Grécia, onde também vigoram programas de assistência financeira internacional, ou que tenham adoptado políticas de austeridade – casos de Espanha ou Itália – estavam em 2011 em situação ainda mais grave do que Portugal.
São consideradas pessoas em situação de exclusão social as que aufiram de rendimentos inferiores a 60% da média nacional, que tenham privações materiais graves ou que pertençam a agregados familiares com baixa intensidade de trabalho. Na Europa, quase um em cada quatro cidadãos estava em 2011 nesta situação (24,2% da população), o que corresponde a cerca de 120 milhões de europeus.