Portugal é o segundo país da Europa onde há mais crianças obesas.
Exercício físico vigoroso em vez de dietas é a sugestão dos especialistas para prevenir e combater a obesidade infantil. Uma realidade que afecta milhões de crianças em todo mundo e que é já um enorme problema de saúde pública. Portugal é o segundo país da Europa onde há mais crianças obesas.
Em todo mundo há 150 milhões de crianças com peso a mais e 45 milhões são obesas. Em Portugal os números têm aumentado e são cada vez mais preocupantes. Três em cada dez crianças entre os sete e os nove anos têm excesso de peso e sofre de obesidade.
Sabe-se já que apenas 5% dos casos de obesidade têm a ver com problemas endógenos e genéticos. Por isso as causas passam pela má alimentação e falta de exercício físico. Assim é possível prevenir, mas também há necessidade de uma resposta política.
De acordo com Magherita Caroli, Presidente da "European Childhood Obesity", "as crianças são vítimas da publicidade e não têm a possibilidade de brincarem à vontade na rua como fazíamos quando éramos pequenos. As crianças são crianças, não são pequenos adultos, é preciso respeitá-las e educá-las", afirma.
No XVII encontro de especialistas mundiais em obesidade que aconteceu este ano no Porto discute-se as vantagens do exercício físico vigoroso em vez de dietas. Para Bernard Gutin, Professor da Universidade da Geórgia, "pelo menos uma hora por dia, falamos de crianças, de exercício físico moderado, mas principalmente vigoroso. E por vigoroso entenda-se, a diferença entre andar e correr. Andar é moderado quando se começa a correr é vigoroso. Esta é uma maneira simples de saber".
Mais desporto, corridas e brincadeiras e menos consolas e televisão. Enquanto se aprende a comer e a viver de uma forma mais saudável. Porque é o futuro que está em causa e crianças obesas e doentes serão mais facilmente adultos pouco saudáveis e com excesso de peso.