Educar para a importância de poupar e gerir dinheiro é o objectivo da reflexão da revista "Times". Conheça os conselhos a reter para crianças com 3, 5 e 9 anos.
Nunca é cedo para ensinar às crianças o valor do dinheiro. A conclusão é da revista "Times", que informa os pais sobre as maneiras mais correctas de educar as crianças para o bom uso do dinheiro nas idades de 3, 5, 9 e 13 anos.
Nunca é cedo, mas demasiado cedo também não é saudável - trocar as leituras na hora de dormir por sebentas de economia não é definitivamente a solução. De acordo com a "Times", o mesmo seria dar às crianças um livro de piratas; de economia continuariam a perceber "zero".
Alguns pontos-chave
Aos três anos,a criança deve saber identificar as moedas e as notas. Por volta dos cinco anos, deve perceber o que o dinheiro vale e o que pode adquirir com cada quantia.
Aos nove anos, a criança deve ser capaz de relacionar o que até aí aprendeu, com as etiquetas de preços e compreender a política de transacção de uma loja.
Para facilitar a apreensão dos processos de compra e venda aconselha-se a experiência: monte uma bancada de limonada ou ajude a criança a fazer objectos de artesanato,para depois vender aos membros da família.
No entanto, ajudar os seus filhos nestes pequenos negócios só, não chega. De acordo com a revista, se não ensinar como deve gerir o que ganhou,a aprendizagem não valerá de nada.
Aos nove anos, é ainda aconselhável que a criança já receba uma semanada.
Não sabe quanto dinheiro lhe deve confiar?
O correcto será dar-lhe cerca de metade da sua idade em euros. Ou seja, se a criança tiver 10 anos, dê-lhe cinco euros por semana.
Aproveite o dinheiro que recebe pelo aniversário e dê-lhe mais uma lição
Enquanto trata dos bolos e dos enfeites para a festa de aniversário do seu filho, trate também de colocar de parte três frascos vazios com etiquetas diferentes.
Depois da brincadeira, vem a lição - o dinheiro que a criança recebe de familiares e amigos, servirá para educá-lo financeiramente.
No primeiro frasco que separou, peça-lhe para depositar 60% do dinheiro, com destino a gastos imediatos. Reserve o segundo frasco para despesas específicas ou objectivos a longo prazo, como por exemplo, uma viagem ou uma ida a um parque temático e peça-lhe para aí depositar 30% do total ganho. Por último, no terceiro frasco, peça-lhe para colocar os restantes 10%, que servirão causas beneficentes.
Depois, não destine no que gastar, exija sim, que efectue os gastos de acordo com os fins estabelecidos nas etiquetas dos frascos.
De acordo com Kelly Campbell, especialista em finanças pessoais, este exercício vai ajudar a criança a perceber a diferença entre despesas de curto e longo prazo e, logo, a saber poupar.
"Costumo falar com clientes que são muito poupados. Inevitavelmente, isto acontece porque os pais lhes ensinaram, desde cedo, a economizar", disse à "Times".
Aos 13 anos esvazie os frascos
Aos 13 anos, o adolescente, que até aí foi ensinado a reconhecer os custos e a poupar, deve ser capaz de pesquisar produtos concorrentes, comparar preços e tomar decisões acertadas sobre a melhor opção de compra.
Ensiná-los a levantar, depositar e acompanhar o rumo do dinheiro de um cartão e ajudá-los a criar orçamentos de gastos pessoais, são alguns dos passos que se aconselham nesta fase da adolescência.
Dinheiro virtual
Os cartões de crédito não devem ser tabu. Aos 13 anos, o seu filho deve saber a diferença entre um cartão de crédito e um cartão multibanco. As explicações devem ser curtas e demonstrativas. Como? Sempre que tiver um extrato de um cartão de crédito, mostre-lhe os juros que advêm dos pagamentos ou explique o significado de plafond.
Deposite dinheiro e confiança
Abrir-lhe uma conta pode abrir portas à maturidade económica. Pode depositar dinheiro semanalmente, de forma a controlar os gastos, e não desespere se por uma vez, o dinheiro desaparecer num ápice. Mais uma vez o lema é não controlar no que o seu filho gasta, mas se gasta nos objectivos que traçou.