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Falta apoio para recém-mamãs
19-08-2007
Correio da Manhã
O bebé nasceu. Depois dos primeiros sinais de que a hora está a chegar, da corrida para a maternidade, das dores do parto, chega o grande momento. Mãe e bebé encontram-se pela primeira vez após nove meses de uma convivência mediada pela barriga. No entanto, para uma em cada cinco recém-mamãs, a chegada do rebento, em vez de significar o final de um processo, torna-se o início de muitas dúvidas e incertezas. O que leva entre 16 e 17 por cento das parturientes a afirmarem não estar preparadas para rumar a casa quando recebem alta, revela um trabalho publicado na revista "Pediatrics".

"Quando se trata da alta depois do parto, não existe uma resposta válida para todos; faz falta uma reflexão à medida das necessidades da mãe e da criança", concluem os especialistas norte-americanos, autores do artigo, que consideram que a "decisão da alta deve ser tomada em conjunto", com a participação da mãe, do obstetra e do pediatra.

O que a investigação, que analisou os casos de 4300 mulheres acabadas de dar à luz, procurou conhecer foi as razões e os motivos pelos quais as mulheres dizem não estar preparadas para o regresso a casa depois da chegada da cegonha. Dois terços das mulheres apontavam a falta de cuidados médicos como justificação para permanecerem mais algum tempo sob o olhar atento e a vigilância médica.

Entre os especialistas, nomeadamente pediatras e obstetras, as razões eram diferentes, sendo o principal motivo para requererem um maior tempo de permanência na unidade de saúde relacionado com a questão da educação. Entendiam os médicos, em resposta a um questionário, que as mães precisavam de mais informação sobre os cuidados a ter com os bebés, entre eles a alimentação.

O facto de ser a primeira gravidez, das mães não terem sido seguidas de forma adequada no decorrer da gestação e a possibilidade de ocorrerem problemas com a saúde da criança são outros argumentos avançados pelas mães como fundamentais para atrasar a alta clínica.

DESAFIOS DA ALTA
Depois da alta da maternidade, o desafio é outro: tratar, educar e mimar o bebé. É preciso escolher o pediatra, não esquecer as vacinas, lidar com a amamentação, dar o banho, vestir, etc. Para além do bebé, há ainda os cuidados que a mãe deve ter com o seu corpo, a nutrição, as emoções. Várias questões que, para muitas mulheres, ficam por responder.

ABONO EXTENSÍVEL À GRAVIDEZ
A população nacional está cada vez mais envelhecida. A afirmação não é novidade, comprovada pela redução das taxas de natalidade que, nos últimos 20 anos e segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, têm vindo a decrescer – em 2006, estava nos dez por cento. Um tema que levou o Governo a anunciar medidas destinadas a incentivar os portugueses a apostarem na família. Uma delas tem a ver com o alargamento da licença de maternidade, a arrancar em 2008, a que se juntam a extensão do abono de família aos últimos seis meses de gravidez e o aumento dos valores para segundos e terceiros filhos.

TOME NOTA

CONTRACÇÕES
A duração do parto depende de factores como o tamanho do feto, o recurso à epidural e a experiência da mãe. Para as mais inexperientes, as contracções podem durar até 24 horas.

MENOS SOFRIMENTO
A epidural é um procedimento analgésico capaz de eliminar parte do sofrimento no trabalho de parto. Administra-se através de um pequeno cateter, colocado na região lombar.

CESARIANA
Em 2005, dois terços dos partos realizados nas unidades de saúde privadas foram feitos através de cesariana.

CARINHO
O primeiro vínculo entre mãe e filho é estabelecido logo depois do parto. Quando tudo corre bem, a mamã é convidada a receber nos seus braços o rebento recém-nascido.

INTERNAMENTO
Em Portugal, a maioria das mulheres passa cerca de dois dias na maternidade após um parto normal. No caso de cesarianas ou complicações na mãe ou bebé, a estadia é prolongada.



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