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PSP lança programa Estou aqui! para ajudar crianças perdidas
29-06-2012
Público
  Se uma criança se perder, basta que quem a encontre ligue para o 112 para que a PSP avise os pais (Foto: PÚBLICO) É uma simples pulseira em tecido, com uma placa e um número de identificação, mas pode facilitar e muito a localização dos pais de crianças perdidas.

A PSP apresentou esta quinta-feira o programa Estou aqui! que, mediante a distribuição gratuita de cinco mil pulseiras, se propõe agilizar a tarefa, não de localizar crianças desaparecidas, mas de promover o reencontro destas com os seus responsáveis.

Por se tratar de uma situação recorrente no período de férias, em que as crianças saem do seu ambiente quotidiano para locais com muita gente, o programa da PSP vai funcionar, nesta fase piloto, até 15 de Setembro. Destina-se a crianças a partir dos dois anos de idade e as pulseiras estarão disponíveis na PSP a partir da próxima semana.

Cenário possível: se uma criança se perder dos pais, por exemplo, numa praia, basta que quem a encontre perdida ligue para o 112 para que a PSP perceba e avise imediatamente os seus responsáveis, avisando-os da localização da criança.

Os interessados devem dirigir-se a uma esquadra, levantar a pulseira e posteriormente aceder à Internet onde terão de preencher um formulário em que associam o número de identificação da pulseira aos seus contactos pessoais.

"Este programa não é para perceber onde andam crianças perdidas. É um programa para conseguirmos, de forma mais rápida e eficaz, o reencontro de uma criança que se tenha perdido com o seu pai ou mãe", precisa o porta-voz da PSP, Paulo Ornelas Flor, para acrescentar que, em havendo interessados, os parceiros associados a esta iniciativa estão preparados para disponibilizar um maior número de pulseiras. "Também não colocamos de parte a possibilidade de alargar esta iniciativa a outros períodos do ano", acrescentou.

Apesar de ser possível tecnicamente, as pulseiras do Estou aqui! não estão dotadas de nenhum sistema de georeferenciação, esse sim, susceptível de ajudar a localizar crianças desaparecidas. "Não colocamos essa hipótese de parte, mas consideramos que a sociedade ainda não está preparada para isso, pelas questões que levanta em termos de protecção de dados", justificou o porta-voz.

Segundo dados da PSP, 12.491 desaparecimentos de crianças e adolescentes foram registados entre 2006 e 2010, sendo que a respectiva taxa de reaparecimento foi de 97%.


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