Secretário de Estado reconhece trabalho exemplar no Refúgio Aboim Ascensão
Acolhimento e proteção de crianças em risco em cima da mesa em tempos de austeridade. Villas Boas aproveitou vista do secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social para lembrar direitos das crianças e deveres do Estado e da sociedade
O Refúgio Aboim Ascensão recebeu a visita do secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco António Costa. Uma visita que veio consolidar o conhecimento do Governo sobre o trabalho desenvolvido pela equipa do Refúgio após um rol de reuniões com o seu diretor, Luís Villas Boas. Depois de percorrer todas as salas, recreios, recantos, quartos e espaços de reabilitação que as crianças acolhidas pelo Refúgio utilizam durante o período em que se define o seu futuro e projeto de vida, Marco António Costa mostrou-se tocado com a experiência e agradeceu o empenho dos funcionários e voluntários. Depois de ter sido informado que uma parte importante do orçamento do Refúgio é garantida por particulares e empresas, o secretário de Estado mostrou-se surpreso e admitiu que essa solidariedade e sensibilidade são atualmente mais importantes.
Marco António Costa aproveitou para explicar que o Programa de Emergência Social lançado há um mês não é um slogan mas antes um plano que resulta da preocupação do Governo em sinalizar na sociedade portuguesa as situações de exclusão social. Recordando que este é um ano onde a austeridade tem uma tónica acentuada, lembrou que existem questões que o Governo pretende acudir dando como exemplos o descongelamento de pensões mínimas e o alargamento do número de vagas em creches.
Desta visita à capital algarvia, o governante garantiu que levou consigo os melhores exemplos e práticas para que possam ser aplicadas a outras situações.
Villas Boas reclama revisão da legislação relacionada com as crianças
O diretor do Refúgio Aboim Ascensão, Luís Villas Boas, aproveitou a visita do secretário de Estado para deixar algumas reflexões sobre a forma como os direitos das crianças e a proteção das mesmas é trabalhada a nível nacional. Villas Boas considera que é tempo de rever a forma como são punidos crimes cometidos contra menores e deu exemplos de como a justiça portuguesa é mais "leve" que a de outros países.