"Um olhar pela Literatura Madeirense para a Infância" foi o tema da conferência proferida ontem pelo professor Thierry Proença dos Santos, no Centro Cultural Anjos Teixeira.

Começando por explicar que o investimento neste espaço literário começou a despontar no século XIX na Região, com a escrita de Mariana Xavier da Silva, o orador referiu Maria Teresa Francisca, como o pseudónimo de outra autora importante, da década de 20 do século passado. "Nos anos 60/70 vamos encontrar mais dois nomes, Maria Mendonça e Maria do Carmo Rodrigues, que vão promover o projecto editorial da revista Canoa", disse depois Thierry dos Santos, que especificou que "à volta desse projecto vão surgir vários nomes que vão marcar uma época", como Irene Lucília Andrade, Maria Helena Clode ou António Marques da Silva.

A literatura infanto-juvenil desenvolve-se depois no pós 25 de Abril, com a implantação da autonomia, e "desde então podemos classificar cinco grupos de autores: os herdeiros da experiência editorial da revista "Canoa"; os que publicaram com o apoio das instituições públicas (Bernardete Falcão, António Castro); os autores ligados às editoras locais, como Isabel Fagundes; escritores ligados à editora "7 dias 6 noites" (Maria Aurora, Francisco Fernandes, Octaviano Correia) e depois um outro grupo de autores ligados a editoras com renome a nível nacional, como Ana Teresa Pereira", rematou.

De realçar que este docente está a preparar um livro sobre a temática ontem abordada, em conjunto com Leonor Coelho, que será editado pela "7 dias 6 noites".