A ONU acredita ser possível acabar com a transmissão do vírus da sida de mães para filhos em 2015, através do reforço do acesso aos tratamentos e prevenção pelas comunidades mais vulneráveis.
"Temos de pôr fim à morte das mães e à infecção dos seus filhos com o VIH", afirmou o director executivo da Agência das Nações Unidas para a Sida (ONUSIDA), Michel Sidibé, considerando que, "em 2015, pode ser possível eliminar a transmissão do vírus de mães para filhos".
De acordo com especialistas da ONU, para conseguir esse objectivo é preciso "chegar aos membros mais marginalizados da sociedade", sendo que continuam a ser as mulheres e as crianças quem mais sofre com as desigualdades sociais e económicas.
"Para que haja uma geração livre de sida há que fazer muito mais em benefício das comunidades mais vulneráveis", frisou, por sua vez, o director executivo da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Anthony Lake, na apresentação do quinto relatório sobre as crianças e a sida.
O documento revela que anualmente nascem no mundo 370 mil crianças com o vírus VIH.
Já a directora geral da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), Irina Bokova, insistiu na necessidade de superar o fosso existente na desigualdade de género, já que as mulheres e as adolescentes têm maiores riscos de contrair a doença.
Assim, para a UNESCO, tornar as gerações livres do VIH significa eliminar as desigualdades e proteger quem sofre maiores riscos, mediante iniciativas sociais e programas de educação nas escolas sobre a prevenção do vírus.