Investigadores da Universidade da Califórnia desenvolveram um estudo, publicado na revista "Pediatrics", que relaciona a obesidade infantil a infeções de origem viral.
Este estudo, publicado este mês na revista "Pediatrics", foi desenvolvido por investigadores da Universidade da Califórnia, em San Diego.
Explora a ideia de que o adenovírus 36, único vírus que até hoje foi relacionado com o excesso de peso, é causador de uma em 50 estirpes que originam doenças como gastrenterites, conjuntivites ou pneumonias e que as crianças expostas a esse vírus tem tendência a ter mais peso.
Foram examinadas 124 indivíduos entre os 8 e os 18 anos e identificados os que tinham sido expostos a este vírus através da análise de anticorpos contra o adenovírus 36.
Assim, conseguiu estabelecer-se uma ligação entre os que apresentavam um resultado positivo para esses anticorpos e o seu índice de massa corporal.
Número inconclusivo mas significativo
O resultado final é de que 78% das crianças e jovens expostas ao vírus são obesas, que embora não seja conclusivo é considerado pelos cientistas um número significativo.
"Muitas pessoas acreditam que a obesidade é provocada pela própria criança, ou resulta de uma falha dos pais. Está na altura de deixar de passar atestados de responsabilidade para desenvolver estudos que melhorem a prevenção e o tratamento", defende Jeffrey B. Schwimmer, que lidera a equipa de investigação.