Um terço das crianças portuguesas sofre de excesso de peso e 13,9 por cento são obesas, revelam os resultados preliminares do Estudo Nacional de Obesidade Infantil, agora divulgados.
O problema afecta do mesmo modo rapazes e raparigas (52,1 contra 47,9 por cento, respectivamente) e a média de idades em que surge (7,5 anos) também é idêntica para ambos os sexos.
O inquérito, da responsabilidade da Direcção-Geral da Saúde através da Plataforma Contra a Obesidade, avaliou um total de 3.847 crianças do 1.º ciclo do ensino básico de 185 escolas de todo o país, numa amostra representativa a nível nacional.
Os resultados apresentados têm como base o Índice de Massa Corporal, de acordo com as tabelas do norte-americano Center for Diseases Control and Prevention, e mostram ainda que, em média, os rapazes são mais altos e mais pesados: uma relação de 122,4 cm/26,6kg nas raparigas e 124,3 cm/27,3kg nos rapazes.
A nível da distribuição geográfica da obesidade, os Açores apresentam uma maior prevalência de pré-obesidade e obesidade, com valores a rondarem os 21 por cento do total de crianças inquiridas. No extremo oposto está a região do Algarve, com valores de 10,7 por cento para a pré-obesidade e de 6,8 por cento para a obesidade.