Problemas de peso precoces têm custos na saúde a longo prazo.

   Já lhe chamaram a epidemia do século e Portugal não lhe escapa. Os números mostram que perto de um milhão de portugueses são obesos, com todos os custos na saúde económicos que isso implica. Mas o indicador mais preocupante é o que se refere à população infanto-juvenil.

   De acordo com um estudo nacional publicado no ano passado, pela investigadora e dietista Joana Sousa, 31% das crianças e adolescentes têm problemas de peso a mais.

   Na investigação, foram analisadas 5708 crianças e adolescentes entre os dez e os 18 anos, estudantes dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundário oficial de Portugal continental, matriculados no ano lectivo de 2005/2006.

   O estudo indica que existe uma prevalência de pré-obesidade em Portugal de 22,6% e que 1292 casos em estudo preenchem os critérios de excesso de peso. Mas há também 445 crianças e adolescentes considerados obesos, o que permite concluir que há um indicador de prevalência de obesidade em Portugal de 7,8%. O problema atinge sobretudo raparigas.