Explica a doença, numa "linguagem simples", aos irmãos das crianças com cancro.
Um livro infantil que explica, numa "linguagem simples", o cancro aos irmãos das crianças com a doença é apresentado esta sexta-feira em Lisboa pela associação Acreditar, para assinalar o Dia Internacional da Criança com Cancro, noticia a Lusa.
"É uma história simples, numa linguagem simples, que retrata uma família de pai, mãe e três irmãos, dos quais um fica com cancro. Ao longo da história vai-se explicando por que é que o irmão doente tem mais atenção da mãe, por que não quer brincar, o que são os diversos tratamentos e abordando todos os sentimentos que os irmãos têm ao viver esta situação", explicou a voluntária da Acreditar Elsa Terra da Mota, em declarações à Agência Lusa.
De acordo com a voluntária, os irmãos têm "um papel muito importante", porque "acompanham e distraem inconscientemente" as crianças da doença, ao contrário dos adultos.
"Os irmãos tratam o tema com mais naturalidade, encaram a queda do cabelo de uma forma mais leve e têm um papel chave no seio da família ao entenderem o que se está a passar", explicou Elsa Terra da Mota.
Para assinalar o Dia Internacional da Criança com Cancro, que hoje se regista, a Acreditar vai também apresentar pequenas palestras em escolas básicas e secundárias de todo o país, para sensibilizar os jovens para o problema do cancro, e fazer animação para as crianças em diversos hospitais.
"No domingo vamos levar crianças à escola de condução e fazer um rali em carros clássicos, para ser um dia diferente, com mais adrenalina", acrescentou.
O livro "O Meu Irmão tem Cancro" é apresentado hoje à tarde pela jornalista Laurinda Alves no átrio do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, com a presença, nomeadamente, de irmãos de doentes oncológicos, familiares e voluntários da associação Acreditar.
De acordo com a Acreditar, todos os anos surgem em Portugal cerca de 300 novos casos de crianças com cancro. A Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, que tem como objectivo principal que "as crianças com cancro tenham as mesmas oportunidades, não só de sobrevivência, mas também de conquistar a saúde psicológica e física e crescer tornando-se adultos de pleno direito".