Há que reaprender a comer porque grande é a confusão e esquecida está a cultura da mesa que guiava a escolha, elegia o cozinhado, satisfazia a comensalidade e regia mitos e simbologias.
Produtos bons para não se sabe o quê, ideais diferentes, ou seja, "coisas", invadem o quotidiano, criam novos mitos e relegam alimentos naturais e comida autêntica para a arca de velharias bolorentas.
Mas os humanos continuam biologicamente iguais nestes últimos 40 ou 50 mil anos; continuam a nutrir-se de comida, repartida por refeições e colações adequadamente ordenadas ao longo da jornada.
Pais e educadores são considerados por crianças e adolescentes como os mais credíveis informadores; atesta-o inquérito recente. Então que não sejam essas veneráveis referências a arrastar os mais jovens para o lixo alimentar, para o supérfluo, para a deglutição de "coisas" ao acaso. Que saibam, atentem e ensinem bem!
Este livrinho de Manuela Leitão, nutricionista e educadora, serve à maravilha para pais e educadores passarem informações cientificamente fundamentadas, com leveza, bom gosto e apetecivelmente.
O texto é uma história, a forma, uma delícia bela. As crianças vão adorá-lo (já foi experimentado). Falta que os adultos o leiam primeiro e aprofundem em boas fontes a razão das mensagens, porque saber comer é bem viver.